Nina
se pudesse pintava minha sala
da tua imagem
em nacos de safadezas
da minha solidão angolana
e no alvorar
queimava meu laranja
em notas ácidas
das melhores palavras
pq eu não me caibo no silêncio
prefiro o arsênico
abstêmio que sou
ou boêmio profssião
o que me resta?
palavras, respiros, censos, imagens.
filmo por necessidade
por vazio
por pedaços
quem sabe um dia tenho um bolo
do tamanho fundamental
para saciar
meu buraco
em forma de corpo
em forma de espaço
em forma de sorriso falso
em fôrma
buracos... estradas... noites...
postes e fumaças
sempre há um bordel. mesmo que dentro de mim.
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