pode chegar que a festa vai é começar agora.
hoje era um dia qualquer em uma luanda qualquer.
entre a pérola branca do céu de fim de cacimbo (inverno) e as pontas da gema disfarçada de sol ele pensava.
refletia-se nos pensamentos soltos pela estrada à caminhar do trabalho. tão fácil tropeçar em tantas imagens. cienasta com demasiado questionamento tende a ser realizaor perdido. e agora sem a boêmia para lhe acompanhar (saiu para comprar uma esfiha e disse que só voltaria quando acabar o tratamento da gastrite) ele se pergunta em quê apoiar a inquietude, essa visitante frequente.
- e precisa de suporte? disse ela e abusada completou. - não dá para apenas deixar ser?
deitou-se então. pediu um espaço para uma ideia nem tão amiga assim e ralou-se ao asfalto, não beijou não seu nelson r., pois não eram tão íntimos assim. mas, compartilharam do mesmo espaço civilizadamente. pena que o tempo foi-se rarefeito, pois, ao trabalho iria regressar. e alí o trabalho não pode esperar. lembram as suas contas, que insistentes, sempre passam por debaixo da porta sem sequer serem convidadas.
e na jaula de vidro que muda de local mas tem os mesmos protocolos de arquipélagos, aqueles em que alguns colegas juntam imagens aos sons e finalizam nosso ganha pão, ele submergiu profundo em ideias vis. saudade das ideias viris.
daí que uma tal maria salvou o menino. maria a gritar em seu ouvido bem alto e percursivamente. pode chegar que festa vai começar agora maria. ou posso chamar de ritinha?
salvo pelo samba. salve o suor da música. sálvia de sons e sabores.
salve rita, salve maria, salve elis. salve eu.
brigadinho. só posso sorrir e caminhar.
de peito aberto, com muita fome. é mesmo assim que sigo. devorando, ora com os olhos, às vezes com a boca e quase sempre com o pensamento.
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
como um sol, ou como a lua
"entre raios e curvas, ela girava
entre lábias e larvas, ela clareava
entre taras e tardes, ela passeava.
no meio da mata, eu observava
nas noites da cidade, eu desejava
na solidão, eu admirava
entre atos e falhas, ela caminhava
entre farpas e folhas, ela libertava
entre a lua e o sol, ela brilhava.
na dança, eu parava
na ideia, eu esperava
entre a lua e o sol, eu sombreava".
a bela e o não-fera.
alguns anos atrás era recorrente a conversa com alguns amigos sobre se apaixonar ou desejar pessoas em momentos de irradiação, enquanto você está na introspecção...
eu e alguns colegas de "profissão" arrebentamos muito a cara. hehehehe. é muito ruim quando você coloca no outro, ou quer se alimentar da boa energia alheia e se esquece da própria fotossíntese.
a tendência é se tornar uma conexão e não uma fonte. daí dificilmente será objeto de desejo.
bom, é quando os astros se ancontram, mesmo sendo diferentes, o sol e a lua trabalham as luzes e cativam admiradores o tempo todo.
assim, como um sol ou como a lua, irradie. deseje e seja desejado.
entre lábias e larvas, ela clareava
entre taras e tardes, ela passeava.
no meio da mata, eu observava
nas noites da cidade, eu desejava
na solidão, eu admirava
entre atos e falhas, ela caminhava
entre farpas e folhas, ela libertava
entre a lua e o sol, ela brilhava.
na dança, eu parava
na ideia, eu esperava
entre a lua e o sol, eu sombreava".
a bela e o não-fera.
alguns anos atrás era recorrente a conversa com alguns amigos sobre se apaixonar ou desejar pessoas em momentos de irradiação, enquanto você está na introspecção...
eu e alguns colegas de "profissão" arrebentamos muito a cara. hehehehe. é muito ruim quando você coloca no outro, ou quer se alimentar da boa energia alheia e se esquece da própria fotossíntese.
a tendência é se tornar uma conexão e não uma fonte. daí dificilmente será objeto de desejo.
bom, é quando os astros se ancontram, mesmo sendo diferentes, o sol e a lua trabalham as luzes e cativam admiradores o tempo todo.
assim, como um sol ou como a lua, irradie. deseje e seja desejado.
Assinar:
Postagens (Atom)