domingo, 21 de novembro de 2010

não me reprima

fato: nossa iludida mente prega peças diariamente em seus usuários. esses, mais iludidos (ou ilusórios) ainda.

dentre seus ardis destacarei uma das suas prediletas ferramentas, a repressão.  aliás, a ideia surgiu após um diálogo de outrora com uma amiga, o qual descrevo mais adiante.

como vítima dessa ardilosa (gênero feminina de novo?) máquina resolvi propor um dia contra a dita.

cogitei a decisão de uma tarde desregrada, pois, acordei após a manhã vitimado dos festejos. mas, não completamente livre das regras da mente. apenas uma.

uma tarde livre de repressão.  e como sempre, decidi compartilhar tal decisão com você. convidando a  participação conjunta dessa possibilidade.

minha amiga do segundo parágrafo.
em seu auge de fome e femilidade exercitava dias atrás as suas particulares artes e manhas da amostragem (no caso de si) e da receptividade. artimanha vulgarmente conhecida como sedução. era um dia qualquer, homens a volta e a bela centro das atenções. desfilando no palco livremente como o ATO de uma não atriz profissional, mas mulher com DRT merecido. mas, o que há de contestante nisso? a extensão contínua dessa atitude somado ao fato de o consorte da mesma não se encontrar no recinto... hummm.

para mim continuava não sendo ato passível de repressão, mas quando questionei aonde iria ela mandou: - não me reprima pablito. e no abraço da nossa amizade apreendi e respeitei o joguete prazeroso não tão perigoso, mas talvez nem assim inocente. e concordei. não se preocupe linda, deixe-me apenas a par e assistindo de camarote.

assim sendo, lembrei-me de mim vitimado semana atrás de desejo auto reprimido. logo eu, quem me conhece entende sabe, que de desejo não sou dos que mais se negam a tê-los.

pois bem, essa tarde pode. fechei as cortinas, as portas, desliguei os contatos e abri o calabouço de ideazinhas vermelhas. mas, para o bem da comunidade decidi, pedindo a essa tal mente a ajuda, que iria fazer isso sozinho em imagens, sons e texturas dentro da minha morada. os sussurros e gemidos seriam brandos para não incomodar ou agradar os vizinhos.

e asssim foi minha tarde. mas, o Sol se pôs e as regras voltam ao jogo. resolvi sair e dar uma volta olhando dentro das cascas de cada um e compondo suposições das suas mais inúmeras repressões.

torça para eu não enontrar você ;)

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

uma nova amante

estava pensando nesse lance de blog. a reflexão veio antes, pois estou escrevendo. um dia de muitas letras sobre a tela.

a questão trata da ligacão entre eu e uma nova personagem, de um novo roteiro, em um novo momento da minha vida. escrevendo sobre ela e sobre o seu "curto" caminho (se trata de um novo roteiro de curta metragem) fico fitando essa mulher e pensando quem ela pode ser para mim...

aí, nesse mar de pensatividades, me liguei porque estava me sentindo tão só e distante da minha persona no final de semana. estava longe da minha personagem. estava longe dessa nova história que precisa ser contada e enquanto não parir será um novo casamentto com todas suas glórias e muitas cobranças.

ao me afastar dessa nova mulher na minha vida, virei o meu espelho de costas. como escrevo sobre uma mulher que passa por um desafio talvez maior, talvez menor, que os meus, acho que me assustei com ela e dei um tempo. mas ela estava alí na porta ao lado. deitada na cama comigo todas essas noites. e só aceitando essa nova amante, essa mãe temporal, essa filha incestuosa, essa enigma, vou conseguir andar. pois estava prostrado e nem sabia o porquê.

e a reflexão do blog? não quero ficar trancado sozinho no quarto com essa doida. precisava compartilhá-la com alguém e no blog parece que você conversa sozinho, mas tem sempre alguém espiando. boatos, fofocas e comentários voltam quando você vive e naturalmente se expôe. estamos aí, eu e ela, exercitando o contato com o mundo lá fora.

alô?

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

presenteando

Imagine eu e você sentados frente a frente.

Vou te contar um segredo, mas não espalha, deixa guardado aqui somente entre nós dois. Agora escolhe: Esquerda ou direita? Sopro ou chama? Em cima ou abaixo?

Tá bom... Sem tantas escolhas, afinal somos só você e eu não? Voltando ao segredo. Te quero um BEM. Sério meu bem, te quero um BEM bem grande. Para soltar os freios do trânsito, para limpar as bolhas de sabão. Para projetor seu melhor ângulo no meu filme imprefeito.

Um BEM bem bom, para esquentar seu leite e meu chocolate. Um abraço com gosto de beijo molhado.  Um cafuné numa rede lenta. Um rio, mais outro rio, e tá pronto nosso mar.

Hoje é sexta e cá estamos nós, atados. Ligados pelo BEM te quer, não ao mal nos querem.

Vai agora.  Executa a escolha, mas vai quente, carinhado e carinhando.

Vai meu BEM e não conta para ninguém, pois só quem quer escuta. E só quem (se) deixa, ama e liberta.

soul

devia ser "aportuguesada" essa palavra. hoje as frases estão em início de caixa baixa para compensar o pulso em alta.

vou escrever sobre você, mas conto de mim. é single, mas a perdição pede s no final, ou seja talvez você sejam memórias, presenças ou ideias castanhas, morenas, loiras e afins.

1. é sério que você pediu para ele subir as escadas na busca de tirar o cheiro do sabonete e brilhar no suor os cristais salgados à ponta da língua?

2. não me fale da sua camisola de seda se não puder trazê-la para minha cama.

3. tire seu cheiro daqui de perto. pois, se eu arrancar um pedaço em mordida será por justa causa.

4.  se esse lábio canta tão bem que verso preciso para cantá-lo de novo?

5. por quê tanta vaidade se você não tem uma fantasia?

6. para encerrar. guardo no retrato vc molhada em vinho e a mancha na cama. seu cabelo sobre o rosto enrubescendo a vergonha e sofejando gotas de delírio.

soul... essa semana necessito de tim maia na veia. e preciso sobreviver para pagar as contas no dia seguinte.