quarta-feira, 18 de agosto de 2010

entre a carência e o isolamento

Vá lá. Suba no trapézio.

Normalmente acontece no sábado. Você começa cedo e, normalmente, se leva noite afora.

Sábado passado não foi diferente. O descarrego da semana tensa de trabalho. A busca pela diversão, a pressa em aproveitar a pouca folga. Sábia popular: no corre, o leite derramado. E com ele os desejos, os anseios e a carência sinuando.

Carência... Em Zelig, Leonard (Woddy Alen) fala sobre sua necessidade de ser amado. E ele, um camaleão humano se transmuta em busca de aceitação.

Quantos sábados em mutação vamos brindar?

Por quantas festas vou dançar esquentado, fervente, agridocemente inconsequentemente acompanhado pelo meu fiel cão Recife e suas felinas sombras e vielas?

Muitas claro.

Mas falemos desse sábado último. Da carência, da necessidade de atencão, das mutações e desse camaleão. Não o ache falso, mas multiplamente sincero.

Foi íngreme. Tanto em busca do cume quanto rapidamente ladeira adiante. De um Céu Inferno sem noções, mas com reflexos.

E veio o domingo.  O confinamento. Trancado acorrentado ao colchão com seus pregos na cabeça em dor ressacada. Excitado e atormentado pelas imagens da noite anterior projetados no teto.

Entre a carência e o isolamento. E esperando o próximo final de semana. Saúde.

7 comentários:

  1. Querido, esse sem dúvida foi o relato de ressaca mais poético dos últimos tempos! Mas é isso aí, Carpe Diem baby!!!

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  2. e esse seu post um elogio acalentador ao escritor, mas prometo não me acomodar ou embebecer de vaidade, e sim, cavar mais e mostrar mais. Bj

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  3. esperando ansiosamente pela sua próxima cachaçada...
    ;)

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  4. Pablito!que bom que tu n se prende a clichês!

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  5. a melhor parte de tudo isso sem dúvida, pelo menos para mim, é ter sempre imagens projetadas no teto, no domingo, na segunda, na terça...!!!

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