domingo, 11 de dezembro de 2011

Dobre à esquerda após o Jazz

Na tarde alaranjada de Luanda eu caminhava cansado. Os meses de trabalho pesavam os ombros. Os pés apontando para o Recife faziam de mim um curupira em direção à rua 12 do bairro Projeto Nova Vida, residência desse segundo semestre de 2011. Era nova ela sim, a minha vida. Suspeitei desde a saída Rec-SP. Voo 1977. O mesmo número do ano do meu nascimento. Acredita nisso? Mas é a pura verdade. Renascimento em Angola.

Nessa tarde azulada de Luanda lembrei de uma conversa com o amigo Carlos Nigro, Caco. Disse-lhe que matei uns 06  Pablos até agora. E que iria matar mais uns 06 pelo menos até a reta final. De Recife para Luanda e voltando para Recife, um Pablo se foi. O legal é que eles parecem Smurfs. Vão uns e tem outros na fila logo atrás. Ainda bem. Mas, um dia os Smurfs acabam. "Pega leve Gargamel". Pensei na caminhada. E ainda bem que existe o Jazz. Para tocar e ouvir nessa horas.

Agora, na casa BBB de zilhões de moradores, esse smurf, sozinho, escuta Chet Baker com Gotan Project e toma um vinho. Vela o antigo, brinda o novo.

É meu amor. Um oceano nos separa. E isso não é uma metáfora.


Chet Baker e Gotan Project

2 comentários:

  1. ôpa! Este é o meu inteligente e sensível criador filho, Pablo Polo. Hum! Eu jamais pensei em ter um filho assim. Eu apenas quis ter você. Obrigada filho meu, por desenvolver tamanha beleza.

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  2. Mama... Ai Ai. As Mães deviam ser proibidas de mimar os filhos assim. huahauhuahua. bj mama. Brigado por tudo. Bjaum.

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