pode chegar que a festa vai é começar agora.
hoje era um dia qualquer em uma luanda qualquer.
entre a pérola branca do céu de fim de cacimbo (inverno) e as pontas da gema disfarçada de sol ele pensava.
refletia-se nos pensamentos soltos pela estrada à caminhar do trabalho. tão fácil tropeçar em tantas imagens. cienasta com demasiado questionamento tende a ser realizaor perdido. e agora sem a boêmia para lhe acompanhar (saiu para comprar uma esfiha e disse que só voltaria quando acabar o tratamento da gastrite) ele se pergunta em quê apoiar a inquietude, essa visitante frequente.
- e precisa de suporte? disse ela e abusada completou. - não dá para apenas deixar ser?
deitou-se então. pediu um espaço para uma ideia nem tão amiga assim e ralou-se ao asfalto, não beijou não seu nelson r., pois não eram tão íntimos assim. mas, compartilharam do mesmo espaço civilizadamente. pena que o tempo foi-se rarefeito, pois, ao trabalho iria regressar. e alí o trabalho não pode esperar. lembram as suas contas, que insistentes, sempre passam por debaixo da porta sem sequer serem convidadas.
e na jaula de vidro que muda de local mas tem os mesmos protocolos de arquipélagos, aqueles em que alguns colegas juntam imagens aos sons e finalizam nosso ganha pão, ele submergiu profundo em ideias vis. saudade das ideias viris.
daí que uma tal maria salvou o menino. maria a gritar em seu ouvido bem alto e percursivamente. pode chegar que festa vai começar agora maria. ou posso chamar de ritinha?
salvo pelo samba. salve o suor da música. sálvia de sons e sabores.
salve rita, salve maria, salve elis. salve eu.
brigadinho. só posso sorrir e caminhar.
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